sábado, 14 de setembro de 2013

ingenuidade que dói

Eu que voava sozinha e de repente tu vieste soprar-me e tornar o meu voo ainda mais leve, quente e sublime….
Talvez nunca as nossas mãos se devessem ter tocado.
Talvez a nossa energia nunca se devesse ter cruzado…
Escondes-te atrás desse sorriso. Escondes o receio, o medo, escondeste de ti? Tentas camuflar essa vontade que inflama… dizes que queres, dizes que sentes… mas afinal sentes o quê? Queres o quê?
Palavras existem muitas… gestos poucos. Talvez seja eu que mais uma vez ainda não aprendi a fechar mais vezes o meu coração. Ele guarda e esconde tantos segredos… tal como o teu! Mas a vida é feita de acontecimentos e experiências que vêm e vão e passam. Eu tenho as minhas, tu tens as tuas… E? Já as partilhastes com alguém? Não? Tens vergonha? Acho que já tiveste mais…
Se dizem que nada acontece por acaso… então, deve existir algo por trás que explique a agitação que me causas…
 E não, não te leio…. Leio-nos! Vejo em ti o meu reflexo. Talvez ainda não tenhas reparado.
Não, não sei o dia de amanhã… e ainda bem, ainda assim, agita-me e incomoda-me o facto de se desejar e não tentar.
E talvez todas as palavras trocadas tenham apenas sido uma oportunidade para despertares e sentires que estás vivo. E eu? Bem, eu cumpri com um dos meus propósitos de vida, o de tocar subtilmente em corações gelados e aquecê-los e de os ressuscitar novamente.
Talvez tenha de me deixar ir… talvez tenha de continuar a voar sozinha!
Ingénua eu…
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