domingo, 13 de setembro de 2015

Amo-te vulnerabilidade

E ele, o meu corpo, meu coração comunicou comigo. E ele, o hábito, o apego, o ego e a mente abafaram esses sinais enviados pela vida.
E depois descobri que existem dificuldades e experiências que, aparentemente traumáticas ou negativas, revelam ser os maiores milagres. 
Descobri em ti, vulnerabilidade, que essa alucinação pelo ter, querer, fazer e ser "super" me aprisionaram e abafaram a dor da verdade.
Descobri em ti vulnerabilidade que, depois de te aceitar em mim, és um caminho para a liberdade. 
És o ínicio da viagem de regresso a casa, ao meu coração, à minha essência e à minha alma. Estou a aprender contigo os príncipioas que me permitem descolar para o voo da liberdade, o meu coração em sintonia contigo, juntamente com essa lei natural que é a aceitação, acrescida de compaixão e da loucura que é confiança em ti acrescido dos grande mestres, o perdão e  amor, me têm permitido viajar para dentro de mim.
Quando a fragilidade surge ou aqueles ciclos viciosos gerados pela mente fruto de crenças que não passam de alucinações e de paradigmas sociais que desde tenra idade ecoaram nos meus ouvidos (e depois se expandiram para o meu cérebro, que depois contaminaram os meus orgãos, os meus tendões, vértebras, ossos, músculos), acolho-te, sinto-te, choro e sorrio... 
Desde aquela idade de menina que o meu farol deixou de ter luz própria.... E agora tu surgiste junto de mim, após um período em que me deixei seduzir pela compulsão porsobreviver em vez do viver, pela obsessão em querer chegar em vez de desfrutar... E para quê? Para alimentar o ego? Satisfazer a necessidade de sentir-me importante... ou simplesmente para evitar sentir as emoções, essas dores que me permitirem perdoar, aceitar, compreender, limpar a alma, fazer as pazes, sanar as feiras, perdoar-me e, por fim, olhar para estas fragilidades com uma espécide de sopros da vida, divinas, grandiosas e sublimes, que têm permitido evoluir e... inspirar os meur irmãos a libertarem-se do arame farpado em que sobrevivem. Porque eu preciso deles grandiosos e autênticos.
Obrigada vulnerabilidade por surgires na minha vida. Estou na rota rumo ao desconhecido mas também com a certeza que estou finalmente em direção à minha fonte, a recuperar a energia e a sentir mais freneticamente os dons com que foi dotada. E o farol e o sol brilham serenamente em mim. E a Belinha que o avô via em mim esteve sempre aqui, junto de mim. E agora expressa-se através deste corpo para ti.
Pega um raio de sol meu e sorri...
um dia, tudo isto vai acabar.

Musica: Gracie's Theme - Paul Cardall