domingo, 24 de julho de 2016

Sentir...um caminho para Seres




Deixa, deixa a dúvida surgir.
Deixa, deixa a incerteza aparecer.
Deixa, deixa o receio ser sentido em ti.
Deixa, deixa a tristeza expressar-se em ti.
Deixa, deixa ansiedade bater-te à porta.
Deixa, deixa as entranhas manifestarem-se.

Deixa, deixa-te deixar provar pelas emoções que tentas repelir.
Também elas fazem parte de ti. Também elas constituem um pouco dos teus dias.
És um mortal... Para quê viver como se fosses um imortal?

Mas, espera, Escuta!

Tu não és a dúvida.
Também não és a incerteza.
Nem tão pouco o receio.
E não és nada, mas mesmo nada, a tristeza... Não és uma pessoa triste.
Se a ansiedade bater-te à porta, diz-lhe olá e indica-lhe o caminho de volta, o caminho para fora de ti.
E quando fores visitado pelas entranhas, pela escuridão e pelo que de menos bom tu sabes que em ti existe, agradece e vai lá. Aceita as entranhas, observa-as e desapega-te delas.
Elas não ditam a tua vida nem muito menos quem és.

Talvez, a visita às entranhas seja uma oportunidade que te estão a conceder para sarares algumas feridas e para fazeres brotar o que há de melhor em ti.
Talvez seja uma oportunidade para aprenderes algo que até agora desconheces.
Se acreditas que és uma pessoa infeliz, talvez seja o momento de ires visitar a tristeza, de dialogar e escutar o que ela tem para te contar.
Talvez descubras, após esta visita, que depois da tristeza também há a felicidade.

Deixa, deixa sentir o que de bom e menos bom em ti existe.
E sê exemplo de quem tem coragem de transformar-se a si próprio... ou simplesmente de Ser.
Sê uma espécie de luz, uma estrela que guia, sendo tu primeiro quem te guias.
Sê alguém que te guia. E lembra-te, um dia tudo isto vai acabar e deixares de ser alguém que guia.
Sê um mortal que guia!




domingo, 3 de julho de 2016

Escolhas, a chuva e o sol



Um dia de sol pode ser tão bonito com um dia de chuva, e está tudo bem. A forma como lidas com esses dias depende de ti. A forma como percecionas a beleza contido no sol ou na chuva é da tua responsabilidade.

O mesmo podes fazer em relação à forma como vives contigo, na relação com o teu corpo, com os teus sentimentos, com os teus pensamentos.

Podes escolher que dentro de ti faça chuva, que as nuvens te invadam e transponham os teus órgãos, tendões, células. Mesmo perante um dia de sol lá fora, dentro de ti preferes escolher ouvir os trovões, que porventura te assustam. Escolhes que o coração siga a ira dos furacões e a faça estragos por onde passa. Continuas a preferir viver apegado a um tempo que te amarra e te faz sofrer.

Podes também escolher viver com o sol e o céu dentro de ti. Podes decidir projetar raios de sol dentro de ti e para fora de ti. Podes também plantar o teu jardim cheio de girassóis e outras flores. Podes decidir plantar árvores, árvores que podes contemplar e te fornecem o oxigénio que precisas para reenergizar o teu corpo e os teus órgãos, para te dar energia, força e vitalidade. Podes escolher ver o arco íris e deixar que os teus olhos se tornem estrelas que iluminam e guiam. Podes deixar que o teu coração se encante com a beleza do mar, dos bosques.

Muitas vezes  surgem nuvens no céu. Ainda assim, depende ti se permites que elas escondam o sol e extrapassem para dentro de ti.

Nesses momentos, usa o teu amigo vento. Deixa que o vento sopre para fora de ti as nuvens e abra caminho para apenas permanecer o céu e o sol brilharem, tu.

E lembra-te, lembra-te de divertires na chuva, permitires que ela te toque, te lave e limpe sem tu te tornares a chuva.