segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

viagem despida e nostalgica



fecho os olhos e faço a eterna viagem, aquela que não tem preço... viajo até aos olhos brilhantes que sorriam, até à curiosidade pueril que crepitava a cada instante à medida que a retina captava o mundo; até ao sorriso iluminado pelo sol do universo que teimava abrir-se por quem pensava; até à espontaneidade e vontade de abraçar a terra, cheirar o vento, tocar nos pássaros, fintar a água; até aquele sentimento de liberdade que não sabia nem queria saber quem era ou o que era o medo, a insegurança, o receio e só queria tocar e sentir e observar e experimentar; até aquele olhar estranho que olhava com admiração quando alguém queria impor as regras, até àquele jeito de ser, despida, dos "se" e dos "devias" e dos "tenho"; até à vontade de contrariar o mundo e dizer eu sei que vocês estão todos errados e mesmo assim perdoar; até à terra dos sonhos onde eles se tornavam realidade aqui na cabeça; até à fase que olhava para uma cadeira como um obstáculo a derrubar, com um sorriso e espontaneidade. Até aí, infância, até mim que fui e sou a sonhadora que não na essência não tem simplesmente medo de Ser eu, a eterna criança que quer (re)acordar e inspirar.








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