domingo, 16 de dezembro de 2012

ruído calado!

sentada!
escuto o ruído que há em mim, que quer sair, que quer gritar, manifestar-se, que quer chorar, que quer criticar, que quer amarrar-me!
saber calá-lo, como? o ruído que faz barulho, que às vezes também te incomoda, te assombra e aniquila!
maldito sejas tu ou ainda bem que cá estás, que me visitaste hoje?!
se estás aqui, alguma razão há de existir. talvez brinque contigo, talvez te sorria, talvez te finte, talvez fale contigo, talvez te aceite! sim, é isso. aceito-te... só que neste jogo que quase me retém a minha respiração, eu sei, sim eu sei ruído, que eu não faço parte de ti e tu não fazes parte de mim. sim, eu sei que eu não sou nem metade do que queres que eu escute. é aí que eu te enfrento... vou até à fonte onde brota toda a energia que me pertence e percorre e faz sentir viva, e lá escuto-me verdadeiramente, escuto o peito que os pulmões fazem inchar e desinchar, sinto o coração a bater, sinto o ar que sai do meu nariz a tocar nas minhas mãos e nos meus dedos longos e magros, concentro-me e sorrio para debaixo do meu peito,  para o meu porto seguro, porque é aí que eu nasço a cada instante, que sorrio, que em me encontro, que eu visito sempre a minha verdadeira casa, a minha liberdade, o meu amor, o silêncio que te incomoda!
e aí, ruído, tu calas-te, porque não fazes parte dela! e é aí, em que eu visto e minha verdadeira pele! é aí que sei quem sou e para onde devo ir! é aí que limpo a lágrima que cai, que sorrio, que ponho as asas e que vivo!




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